quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Filme: De repente é amor.
Trilha Sonora: Pra você guardei amor - Nando Reis


Ando (re)conhecendo vários tipos de homens que estão ao meu redor. O cara mais novo que passou pra faculdade e vai ter que sair de casa, e largar a famlia e a namorada de anos para seguir seus sonhos. E nem por isso, dói. Ele termina o namoro como um cachorro quente da esquina, e antes de pisar em terra firme, já quer fazer planos com a minha companhia e me assusta, me afasta rapidamente. O cara que me conhece há anos, tem os mesmos amigos e só reparou em mim agora. O ex namorado que me fez sofrer e agora tenta ser meu amigo. O irmão da minha amiga, que era bonito quando eu frequentava sua casa e agora que se tornou um cara sem graça, olha pra mim com outros olhos. O bombado narcisista que passa o dia na academia, enche o orkut de fotos sem camisa, nunca tira o boné e garante que quer ser médico.
Tem o cara mais velho, experiente e interessante. Cheio de frases bonitas e teorias prontas que com certeza, deixaria maior parte das mulheres loucas. E o mais surpreendente: Ele é realmente para casar. Não pensa em noites perdidas e pessoas vazias, só entra de cabeça no que promete futuro. E o cara que sempre esteve me sondando? De família, com emprego fixo, carro do ano, vinte e poucos anos e querendo investir em mim. Bom de papo e dizem as más linguas, que de cama também. Me enche de declarações e não desiste de mim, mesmo depois de conhecer o meu pior. Tem o cara das pernas malhadas, o que vem cheio de boas referências dos amigos em comum, o tatuado que faz cinema, o que não sabe falar da vida e deixa claro seu interesse momentâneo, o que me pagou um milho e achou que eu daria meu coração como troco, o que era acompanhava minha amiga e não respeitou (nem entendeu) a minha rejeição, o ex namorado que nunca me superou e um velho amigo que acha que me provoca alguma coisa quando lembra das nossas picuinhas do passado.
Eu tenho milhões de caras interessantes. Caras que poderiam marcar a vida de inúmeras mulheres solitárias por aí, mas eles não entendem e ainda perdem tempo comigo. Ainda não compreendo porque bato palmas (de pé) para quem vale a pena, mas só entrego meu coração para o incerto. Eu gosto mesmo é das suas mãos pequenas e inchadas, e sorrio toda vez que você diz que elas só são gordinhas assim por causa da bebida. Não troco sua ausência. Não consigo te odiar nem quando você diz que está com sono, mesmo depois de eu ter feito loucuras só para estar do seu lado. Gosto da maneira como você brinca com o que seria vulgar ou poderia machucar vindo da boca de outra pessoa. Gosto como você desperta o meu romantismo, o frio na barriga e a esperança. Mas odeio seus sumiços, os passatempos que você conhece onde anda, o quanto você me deixa louca de saudade, o jeitinho manso que você desperta minhas melhores qualidades e os piores defeitos, que sempre manti em cativeiro e achava ter total controle.
Eu amo seus beijos, odeio sua desconfiança. Eu amo seu carinho, odeio nossa distância. Eu amo o jeito que você me olha, odeio depender de você. Eu amo os seus ciúmes e cuidados, odeio não ser a única a recebe-los. Eu amo seus abraços aleatórios, odeio quando você me faz chorar. Eu amo quando meu cabelo enrosca na sua barba, odeio quando seu sumiço afeta toda a minha vida, inclusive o meu humor. Eu amo quando você me segura pela mão para eu não cair, quando eu não enxergo onde piso, odeio o fato de você não gostar de planos. Eu amo o seu romantismo fora de hora, odeio como esqueço de todas as brigas quando você diz que quer me ver. Eu amo você. I love everything about you that hurts.

Por Thais Luquez. http://thaisluquez.blogspot.com/

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