domingo, 29 de agosto de 2010


Eu preciso escrever, pra ver se colocando tudo pra fora eu comece a entender mais ou menos o que se passa por aqui. Pois é! Tudo faz parte de mim, sendo fora à parte, entendeu? Não né? Nem eu entendo o que é isso. Parece que roubaram metade da minha sanidade e levaram pra bem longe, um lugar onde eu não consiga ter forças pra ir atrás. E do jeito que eu ando com preguiça ultimamente nem se fosse perto eu iria.. Ahhh!
Eu to naquela triste fase deixar a vida me levar, que eu não to levando ninguém a lugar nenhum.
Ah é? Mas eu nem queria mesmo. Sem saco sabe? sem paciência pra certas coisas, pra aturar certas pessoas, pra fazer programinhas de casais quando no final eu já sei qual vai ser o fim daquela história toda. Tá bom amigo, vou sair com você, nós vamos jantar, você vai querer me beijar, dependendo do dia você vai conseguir, no outro dia vai me ligar e no outro também.. a gente pode até sair outras vezes se eu notar que você se comportou bem da primeira vez, se tiver um papo interessante pode me deixar curiosa.. eu posso querer saber mais sobre você, sua família, cachorros, comida preferida e a matéria preferida da faculdade. Posso estar distraída e quando perceber, já estou envolvida. Pronto, bem aí eu não saberia mais como agir. Até então eu não me importava, mas agora pulamos pra próxima fase: O medo de perder, eu começo a dar sinais e o jogo vai se invertendo, se antes era você que ligava, agora sou eu. Antes você reclamava da falta de atenção, agora eu não reclamo, mas percebo que a atenção não é suficiente pra suprir as expectativas.
E o tempo que não passa? As coisas não evoluem? Começo reclamar e você a se afastar. Falou da sua família, mas ainda não me levou pra conhecê-los, já comprei até uma coleira nova pro seu cachorro e agora já leio nas revistas assuntos da sua faculdade pra quando a gente se encontrar tenhamos muita conversa e você não me deixe tão cedo assim.
Droga eu to apaixonada né? "-É você está!" Mas como isso pôde acontecer, tomei tanto cuidado? Infelizmente ou felizmente (não sei) com o coração não se pode vacilar, nem um momento de distração ou ele te passa a perna, se quiser brincar brinque, mas uma brincadeira séria e sabendo que se por algum deslize você errar no lance dos dados o jogo estaria totalmente comprometido. Comprometido por um laço invisível, mas que se torna tão forte que nenhuma força seria capaz de romper a não ser aquela da mesma natureza, só mudando um pouco as histórias de família, cachorro, faculdade... e amores! Afinal só um amor acaba com outro.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar.
Caio Fernado de Abreu

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheia de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressiva e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocada lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.

Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 23 de agosto de 2010


Hoje acordei tomada pela lembrança de meu pai,
como já aconteceu milhares de outras vezes,
mas sem que escrevesse sobre isso.
Tanto mais difícil.
É uma carta, que creio de alguma forma vai chegar ao destinatário,
levada pela esperança de poder assim tapar alguns buracos,
corrigir algumas falhas,
dizer algumas coisas que não foram ditas.

Na verdade muito ficou por dizer.
Mas nós dois convivemos o bastante para
entendermos razoavelmente um ao outro.
Por vezes o silêncio foi eloquente:
tanto para sufocar a dor, engolir o choro e aceitar teu olhar severo...
Como para confiar, esfriar os ânimos, aquietar.
Calada, como querias; consenti, sem querer.

Bem mais tarde, há pouco tempo,
vim a descobrir que em grande parte das vezes tinhas razão, pai.
Porque agora sou eu a me enraivecer com
as coisinhas de adolescente que assisto,
pequenas teimosias e atitudes inconsequentes que presencio.
Hoje sei que isso não tem nada a ver com liberdade.
É só chantagem, ou como dizias, má-criação.

Sinto falta das conversas na porta de casa.
Tenho saudade dos finais de tarde,
quando colocavas as cadeiras lá fora e nós ficávamos em volta
Lembro-me de como gostavas de trabalhar em casa,
nos pequenos canteiros de verduras e legumes no quintal.
É como se ouvisse agora tua queixa:
“Não tenho mais como saber se os tomates estão verdes ou maduros.

”Hoje consigo ver além do que podem meus olhos, pai,
porque enxergo com a sabedoria de quem viveu ao teu lado.
Não sou como tu, absolutamente.
Mas não seria metade do que sou,
se não fosse por tua causa.

Que saudade de você, te amo tanto meu verdadeiro amor.

Da sua neguinha :*

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Filme: De repente é amor.
Trilha Sonora: Pra você guardei amor - Nando Reis


Ando (re)conhecendo vários tipos de homens que estão ao meu redor. O cara mais novo que passou pra faculdade e vai ter que sair de casa, e largar a famlia e a namorada de anos para seguir seus sonhos. E nem por isso, dói. Ele termina o namoro como um cachorro quente da esquina, e antes de pisar em terra firme, já quer fazer planos com a minha companhia e me assusta, me afasta rapidamente. O cara que me conhece há anos, tem os mesmos amigos e só reparou em mim agora. O ex namorado que me fez sofrer e agora tenta ser meu amigo. O irmão da minha amiga, que era bonito quando eu frequentava sua casa e agora que se tornou um cara sem graça, olha pra mim com outros olhos. O bombado narcisista que passa o dia na academia, enche o orkut de fotos sem camisa, nunca tira o boné e garante que quer ser médico.
Tem o cara mais velho, experiente e interessante. Cheio de frases bonitas e teorias prontas que com certeza, deixaria maior parte das mulheres loucas. E o mais surpreendente: Ele é realmente para casar. Não pensa em noites perdidas e pessoas vazias, só entra de cabeça no que promete futuro. E o cara que sempre esteve me sondando? De família, com emprego fixo, carro do ano, vinte e poucos anos e querendo investir em mim. Bom de papo e dizem as más linguas, que de cama também. Me enche de declarações e não desiste de mim, mesmo depois de conhecer o meu pior. Tem o cara das pernas malhadas, o que vem cheio de boas referências dos amigos em comum, o tatuado que faz cinema, o que não sabe falar da vida e deixa claro seu interesse momentâneo, o que me pagou um milho e achou que eu daria meu coração como troco, o que era acompanhava minha amiga e não respeitou (nem entendeu) a minha rejeição, o ex namorado que nunca me superou e um velho amigo que acha que me provoca alguma coisa quando lembra das nossas picuinhas do passado.
Eu tenho milhões de caras interessantes. Caras que poderiam marcar a vida de inúmeras mulheres solitárias por aí, mas eles não entendem e ainda perdem tempo comigo. Ainda não compreendo porque bato palmas (de pé) para quem vale a pena, mas só entrego meu coração para o incerto. Eu gosto mesmo é das suas mãos pequenas e inchadas, e sorrio toda vez que você diz que elas só são gordinhas assim por causa da bebida. Não troco sua ausência. Não consigo te odiar nem quando você diz que está com sono, mesmo depois de eu ter feito loucuras só para estar do seu lado. Gosto da maneira como você brinca com o que seria vulgar ou poderia machucar vindo da boca de outra pessoa. Gosto como você desperta o meu romantismo, o frio na barriga e a esperança. Mas odeio seus sumiços, os passatempos que você conhece onde anda, o quanto você me deixa louca de saudade, o jeitinho manso que você desperta minhas melhores qualidades e os piores defeitos, que sempre manti em cativeiro e achava ter total controle.
Eu amo seus beijos, odeio sua desconfiança. Eu amo seu carinho, odeio nossa distância. Eu amo o jeito que você me olha, odeio depender de você. Eu amo os seus ciúmes e cuidados, odeio não ser a única a recebe-los. Eu amo seus abraços aleatórios, odeio quando você me faz chorar. Eu amo quando meu cabelo enrosca na sua barba, odeio quando seu sumiço afeta toda a minha vida, inclusive o meu humor. Eu amo quando você me segura pela mão para eu não cair, quando eu não enxergo onde piso, odeio o fato de você não gostar de planos. Eu amo o seu romantismo fora de hora, odeio como esqueço de todas as brigas quando você diz que quer me ver. Eu amo você. I love everything about you that hurts.

Por Thais Luquez. http://thaisluquez.blogspot.com/

domingo, 15 de agosto de 2010


Tento me enganar, mas é só sentir um pouco da tua presença pra jogar no lixo todas as minhas teorias de amor e saudade.
Te confesso que gosto dessa nossa brincadeira de "NUNCA MAIS". Deixar meu coração irritado é minha habilidade, até que eu me renda e admita não ter mais força alguma pra lutar.
Te amo sim e me preocupo com nosso futuro ou pelo menos com o meu futuro sozinha. Quem me garante que algum dia eu vá te esquecer ou pelo menos encontrar alguém que me cause uma estabilidade maior do que a que eu encontro quando estou só?
Fico triste, me desespero, porque no fim sempre percebo que nada que eu fizer vai adiantar, que já fiz tudo e não me resta mais nada a não ser tomar coragem e te falar desse tempo em que me calei pra te ouvir dentro de mim.
Mas o pior de tudo é sentir, sentir que você também sente igual ou pelo menos parecido, e que também brinca igual sabendo que nesse jogo nenhum dos dois sairão vencedores.
Não vejo, mas sinto e dói tanto sentir. Ter certeza da sua presença dentro de mim, mas longe, bem longe de onde eu possa alcançar. E assim continuar com a brincadeira do " NUNCA MAIS" seremos pra sempre.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010


A gente finge que arruma o guarda-roupa, arruma o quarto, arruma a bagunça. Tira aquele tanto de coisa que não serve, porque ocupar espaço com coisas velhas não dá. As coisas novas querem entrar, tanta coisa bonita nas lojas por aí. Mas a gente nunca tira tudo. Sempre as esconde aqui, esconde ali, finge para si mesmo que ainda serve. A gente sabe. Que tá curta, pequeno, apertado. É que a gente queria tanto. Tanto.
Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça.
Caio Fernando de Abreu

segunda-feira, 2 de agosto de 2010


Terminei de ler, diria que umas das melhores histórias que eu já li. Podem dizer que é de criança que é de num sei o quê, mas eu gosto mesmo é de romance besta que fala de amor verdadeiro!
Adorei, o último ( AMANHECER ) foi o melhor, agora vou esperar o filme..hehe